O essencial da vinificação em talha pouco mudou em mais de dois mil anos. Em traços gerais, as uvas previamente esmagadas são colocadas dentro das talhas de barro e a fermentação ocorre espontaneamente. Durante a fermentação, as películas de uvas que sobem à superfície e formam uma capa sólida são mexidas com um rodo de madeira e obrigadas a mergulhar no mosto, para assim transmitir ao vinho mais cor, aromas e sabores. Terminada a fermentação, essas massas assentam no fundo. Na parede da talha, perto da base, existe um orifício onde se coloca uma torneira. O vinho atravessa o filtro formado pelas massas de uvas e sai puro e límpido para o exterior. É um processo simples e natural, tanto quanto o vinho que dele resulta.

Paixão pelo Vinho de Talha de geração em geração


A Família Frade perpetua a tradição do vinho de talha passada de geração em geração há mais de 50 anos. O atual patriarca da família, Alexandre Frade, ainda hoje faz questão de utilizar o mesmo processo natural de produção que aprendeu com o seu pai. Uma verdadeira arte de se fazer esse “néctar” do Alentejo.

 

O Homem por trás do Vinho


Produtor exclusivo de vinho de talha, foi dos primeiros a engarrafar e depois certificar na CVRA os seus vinho de talha. Formado no curso tecnológico superior profissional (ctsp) de viticultura e Enologia do IPBeja, dá seguimento à sua paixão e ao mesmo tempo homenageia a memória do pai.